Ricardo Confessori: “O Shaman foi o ápice da carreira de nós quatro”
Postado em 21 de setembro de 2016 @ 00:12 | 7.256 views


O baterista Ricardo Confessori (ex-Angra, ex-Shaman e atual Tierramystica) conversou com a gente fazendo um retrospecto dos grandes momentos de sua carreira.

Tivemos a oportunidade de ter uma boa conversa com o baterista Ricardo Confessori. Membro da formação original das bandas Angra e Shaman, o músico atualmente está trabalhando com o Tierramystica e desenvolvendo workshops pelo país.

Na entrevista, Confessori fala sobre diversos momentos da carreira: a fita que possui com as demais faixas do Holy Live, a gravação do DVD RituaLive, a dissolução do Shaman e formação do Noturnall, o que deu errado no CD Aqua, entre muitas outras coisas.

 

 

Você postou uma vez no seu Myspace um medley com três músicas que não saiu no Holy Live, que tem apenas seis. E recentemente você disse em uma entrevista que possui a fita master. Isso pode ser lançado um dia?

Ricardo Confessori: Não, eu tenho uma fita cassete. Não é master. Com o show inteiro. Na verdade essa fita, quando a gente gravou e tal, o produtor logo que pegou o material deu uma mixada de leve, só levantou os volumes, e gravou e mandou uma fita pra gente ouvir… Pra escolher as músicas. Era pra ser um álbum mas, por algum motivo, algumas músicas tiveram microfonia. Na época não se quis dar um jeito nisso. Talvez teria que regravar algumas coisas para poder tirar esse problema. A gente teria que ir pra Alemanha ficar la uns dias. Aí a gente decidiu pegar algumas que estavam legais e lançar um EP. Mas as músicas estão lá, com aquele apito lá. É uma coisa mínima, às vezes é um apito na música inteira, e daí estragou a música. Foi uma pena, né? Porque além de não ter um DVD daquela fase, não tem também um inteiro ao vivo.

Mas o medley que você lançou já tinha uma qualidade bem interessante.

Ricardo Confessori: Sim, dá pra lançar como uma demo, num bônus de um CD, isso rola! Pra uma qualidade de bônus, tá legal

Você tem alguma experiência com DVDs. Você gravou recentemente o DVD de 20 anos do Angels Cry, e esse ano você gravou o do Rafael Bittencourt. Mas não tem como não falar do RituaLive. Aquele DVD saiu com um padrão absurdo de qualidade, O que você acha dele hoje em dia?

Ricardo Confessori: Eu ainda acho que ele é o melhor DVD que foi feito aqui no Brasil, de metal. O melhor, né. E acho que vai ficar por um tempo ainda. O show inteiro, os convidados, o repertório, as músicas, os caras do Helloween, o Tobias Sammet, o Sascha, o Marcus Viana.

Foi muita sorte ter dado tudo certo. Apesar de ter um preparo e tal… A gente não repetiu música naquele show, o que é uma coisa muito difícil de acontecer, o show foi inteiro. Tanto que teve uma música que a gente teve que dispensar, um cover lá que a gente fez e que entrou cada um com uma afinação na guitarra, os roadies se atrapalharam e tinha três afinações de guitarra na mesma música. Mas tirando isso foi tudo perfeito. Foi um negócio memorável. Na verdade foi o ápice na carreira. Não do Shaman, mas dos quatro ali, né. E depois daquilo a gente nunca conseguiu subir mais.

Falando da segunda fase do Shaman. O que viria a ser um terceiro CD, que era o Noturnall, na verdade acabou se tornando uma outra banda. O que aconteceu contigo e o Mancini, o Quesada e o Bianchi que acabou aquela formação do Shaman para virar outra banda?

Ricardo Confessori: Na verdade eu não queria mais. Eu tava tocando com o Angra e tal, e eu não tava mais tão envolvido com o Shaman pra estar com duas bandas e eu queria ficar só tocando com os caras do Angra. E aí eu decidi sair e falei pros caras. Mas daí eles desanimaram de continuar com o nome Shaman sem o último cara original da banda, o que fazia sentido.

Então eles conversaram comigo e falaram “oh, tudo bem se a gente pegar essas músicas e sair com outra banda, regravar o clipe e tal?“, e eu falei “tranquilo, é por aí mesmo, eu acho que é uma atitude mais legal de vocês e para os fãs também, os fãs vão achar um lance legal“. E o som também já não era a ver com o que era o Shaman. Até em gravadoras eles falavam assim “nossa, mas isso não parece Shaman, vocês não querem mudar de nome?“, já tava rolando um papo assim. Acho que foi tudo isso que fez os caras acordarem e falar “não, po, vamos fazer um nome novo, uma banda nova e tacar pau“.

 

 

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Categoria: Entrevistas · News
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