Tequila Baby completa 25 anos com turnê acústica
Postado em 14 de agosto de 2019 @ 14:55 | 5.192 views


Grande nome do punk rock brasileiro aposta em formato ousado.

Já é difícil associar a música punk ao formato acústico. Talvez seja mais difícil ainda quando se trata da Tequila Baby. A banda gaúcha bebe muito de outras vertentes, como o hardcore, e construiu uma carreira repleta de músicas rápidas e com vocais estridentes. Entretanto, o resultado é uma agradável surpresa.

E nós presenciamos isso no sábado do dia 10 de agosto, véspera do dia dos pais. O festival Art&Beer recebeu um grande publico com idades diversas. Com a comemoração do final de semana, a festa contou com muitos fãs jovens (alguns até engatinhando ou dando os primeiros passos). Curiosamente, combinou bastante com o formato acústico.

Em uma breve conversa com os fundadores da banda, Duda Calvin (vocal) e James Andrew (guitarra), falamos sobre os 25 anos de carreira, a relação com os Ramones e os desafios de criar arranjos em violão para músicas da Tequila Baby. Veja abaixo:

 

 

Para quem estiver curioso, também realizamos uma cobertura em vídeo do evento. Além da estrutura do festival, é possível ver alguns dos demais artistas que se apresentaram e as outras atrações disponíveis.

 

 

Além da grande variedade de cervejarias presentes para agradar a todos os gostos, a alimentação também era inclusiva, com opções vegetarianas e veganas. Havia um espaço reservado para os pequenos, com brinquedos infláveis, um estúdio de tatuagem funcionando à pleno vapor o dia todo, e amostras de fotografias, pinturas e artesanatos. Inclusive, um artista criava ilustrações na hora com imagens projetadas no telão do palco.

 

 

A ideia é uma boa reflexão de esforço que deve ser feito para alimentar o rock e a cultura no Brasil. Embora passe despercebido até pensar com maior profundidade, é importante que pessoas mais jovens vejam atrativos em ambiantes culturais. A música mais pesada (e muitas vezes cantada em outro idioma) talvez não seja tão interessante para quem tem menos de 12 anos. A construção de um ambiente como esse já muda a percepção sobre a experiência como um todo.

Mesmo quase se trate de resgatar clássicos. Um excelente tributo a Led Zeppelin impressionou com a banda Presence. O duo Acústico Rockfeller trouxe verões de Pink Floyd e Beatles. A SNAP apresentou alguns clássicos mais recentes, como Kings Of Leon e The Strokes. E o local do evento, dentro de um shopping e com entrada gratuita, também amplia o alcance do rock a um publico que nem sempre é tão ativo na cena (e que talvez não iria até um Opinião testemunhar isso do meio de uma roda punk). Enfim, o evento foi um sucesso e é necessário investir na versatilidade de como o rock é apresentado para aumentar a atenção à boa música em nosso país.

Formado em jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) desde 2014, iniciou a jornada nesse meio colaborando em diversos sites especializados em rock e heavy metal ainda em 2007. Fundador do Heavy Talk.

 
Categoria: Entrevistas · News · Resenhas
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