Maximus Festival: Veja tudo o que rolou [contém vídeos!]
Postado em 19 de setembro de 2016 @ 11:23 | 3.872 views


Dia 7 de setembro aconteceu em São Paulo a primeira edição do Maximus Festival. E, apesar de ser inaugural, o evento não deixou nada a desejar aos festivais europeus do mesmo estilo.

O Maximus Festival aconteceu no Autódromo de Interlagos em São Paulo no dia 7 de setembro de 2016. A primeira edição do festival contou com três palcos e nada menos do que 15 bandas! No nosso vídeo abaixo você pode conferir a viagem até São Paulo, a estrutura do evento e uma resenha de cada um dos shows.

 

 

O grande ponto negativo do Maximus foi a simultaneidade de alguns shows. Quem quisesse assistir a todos os shows internacionais, dificilmente conseguiria apreciar as bandas brasileiras (com exceção da Ego Kill Talent, que se apresentou ao meio-dia, antes dos palcos principais iniciarem). Os demais shows do Palco Thunderdome (Woslom, Far From Alaska, Project46 e Raven Eye) aconteciam ao mesmo tempo que os shows principais.

O trânsito nos arredores do autódromo estava um pouco caótico, o que fez com que eu conseguisse entrar no evento apenas por volta das 13h30. Além disso, não pude ver os shows do Palco Thunderdome porque aconteciam ao mesmo tempo do que os shows do palco principal. Porém, pude dar uma verificada na Gastown, que construíram no Thunderdome, com diversas opções de lanches e bebidas.

O lounge, área que oferecia comida e bebida liberada, funcionou muito bem. Disponibilizava cerveja, água, refrigerantes, torneio de poker, cabine fotográfica e muita, muita comida. De cachorro quente à esfirra e pipoca.

Os palcos principais, Rockatansky e Maximus, ficavam lado a lado. Assim que um show terminava, o outro começava em 5 minutos, o que tornava a maratona de apresentações bem menos cansativa. Conheci o Hollywood Undead durante o show, que agradou à maioria. O grupo ainda não é muito conhecido no Brasil, mas se mostrou muito bem humorado e enérgico.

Logo após foi a vez do Shinedown. Uma apresentação muito competente, porém com sérias falhas técnicas que obrigaram o grupo a tocar apenas 4 músicas. Ainda assim, foram aplaudidos por um público compreensivo que entendeu a boa intenção da banda.

Então foi a vez do Hellyeah. Confesso que não sou grande fã da banda (nada fã, gosto apenas de uma música). Entretanto, ao vivo o supergrupo (composto por membros e ex-membros de outras bandas como Pantera, Mudvayne, Damageplan e Nothingface) é bem mais interessante do que no disco. Existe uma entrega genuína e a apresentação consegue capturara atenção também daqueles que não são apreciadores do grupo.

O Black Stone Cherry é aquela banda que sempre me faz pensar “por que eles não são muito mais famosos do que isso?”. Estavam longe de ser a banda principal do festival, então receberam também apenas 40 minutos para se apresentar. Bem utilizados, entretanto. Vale a pena dar uma pesquisada no Spotify, pois é uma banda que ainda fará muito barulho. Contaram com a participação de Joe Hottinger, do Halestorm, nas guitarras substituindo Ben Wells.

O Halestorm, que cresceu sua legião de fãs brasileiros após o Rock In Rio 2015, arrepiou. “Que mulher é essa?” foi uma das expressões mais disparadas a respeito da vocalista Lzzy Hale. Só precisa cuidar com esses gritos, menina… Não queremos que sua bela voz vá para o brejo!

O Bullet For My Valentine fez uma apresentação muito boa. O novo baixista Jamie Mathias acrescentou muito à banda. Seus vocais casaram muito bem com os de Matthew Tuck e, na opinião de alguns, supera os de seu antecessor Jason James. O setlist é que poderia ter sido um pouco melhor. Algumas ótimas canções (como “End Of Days“) foram deixadas de lado para promover algumas do álbum mais recente.

A noite chegou e com ela veio o Disturbed. Um show pesadíssimo e que, por incrível que pareça, foi o que mais levantou o público. Um dos momentos altos da apresentação foi a performance de alguns covers. O primeiro deles foi “Sound Of Silence”, que repercutiu violentamente nas redes sociais. Após, uma versão melhorada (os fãs de U2 que me perdoem) de “Still Haven’t Found What I’m Looking For” (que raio de nome gigante, parece música do Panic At The Disco). A surpresa veio com o inédito cover de “Killing In The Name Of”, do Rage Against The Machine.

O ponto crítico da noite (em um sentido nada positivo) veio com a apresentação de Marilyn Manson. Rumores falavam do cancelamento do show devido a uma nova reabilitação do cantor. Parece que foram apenas boatos, mas nem tanto assim… Manson fez uma apresentação desconfortável, até mesmo um pouco desnorteada. Cometeu algumas falhas, esqueceu alguns trechos, protagonizou uma conversa confusa com um fã, manteve as costas para o público por algumas vezes… Das pessoas com quem conversei lá, nenhuma elogiou.

E então veio o momento maximus (ba-dum-tss) da noite. Um gigantesco pano preto com um contador digital fez a regressiva e caiu juntamente com o disparo de diversos fogos de artifício, revelando o Rammstein. Que show. Deixem-me repetir… QUE SHOW! Não sou um fã de Rammstein. Ou melhor, não era. A execução fiel ao CD é o de menos, comparado à imensa criatividade para criar momentos únicos em uma apresentação. Cartolas explosivas, passagens secretas por debaixo da bateria, cascatas de faíscas, labaredas de fogo, mascarás lança-chamas, roupas com led, trocas de figurino, plataformas suspensas… Teve de tudo! Maioria dos clássicos estavam presentes. É perturbador, assustador e muito bom. Não importa seu gênero favorito… Sua lista de shows a assistir nunca estará completa se não incluir um do Rammstein!

Logo após o término do evento, foi anunciada a segunda edição para o dia 20 de maio de 2017. Não foi perfeito, mas foi um começo genial. Apesar da impossibilidade de assistir a todas as apresentações e apesar das falhas técnicas, as filas estavam ágeis e organizadas, vários banheiros foram disponibilizados (a higiene não estava maravilhosa,sejamos sinceros), diversos pontos de venda de bebidas e vendedores ambulantes, uma grande variação de lanches disponíveis, ambulatório de fácil acesso, nenhuma confusão ou briga, pontualidade em praticamente todos os shows e um sistema cashless (as compras eram feitas através de uma pulseira, e não de dinheiro) que funcionou muito bem.

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Categoria: News · Resenhas
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