Cantor se opõe a boicote de toda a população por questões políticas específicas.
O vocalista David Drainman, do Disturbed, possui descendência judaica e se posicionou contra um crescente movimento que tem Israel como alvo.
Vários artistas têm apoiado uma campanha de boicote chamada BDS (Boycott, Divestment and Sanctions), que pressiona Israel para acabar com a ocupação do território palestino, reconhecer direitos iguais para os cidadãos árabes e o direito de retorno dos refugiados. Recentemente, Roger Waters estimulou artistas e veículos de mídia a boicotarem o Eurovision Song Contest em Tel Aviv, no mês passado, com o argumento de que isso iria “branquear” as políticas de Israel em relação aos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Questionado na página Bring Disturbed to Israel sobre isso, Draiman respondeu: “Para elaborar um pouco sobre isso, além de apenas a minha postura agressiva contra isso … O raciocínio de que não importa de que lado da cerca você está politicamente … E olha, eu não acho que alguém em qualquer país sempre concorda com todas as decisões do país – Eu não concordo, okay? Mas eu sou muito, muito apoiador de Israel e do nosso povo. E independentemente de ser Israel ou de qualquer outro lugar, boicotar toda uma sociedade e todo um povo baseado nas ações de seu governo é absolutamente ridículo. E isso não atinge objetivo nenhum. Eu não vejo boicotes acontecendo na Rússia; Eu não vejo boicotes acontecendo em muitos dos países que têm alguns dos regimes mais opressivos e fechados existentes na face do planeta, onde pessoas LGBTQ são perseguidas, onde todos os tipos de minorias são perseguidos. Não vejo pessoas boicotando a China pelo que estão fazendo com sua população muçulmana. É apenas Israel que recebe esse tratamento, e acho que todos nós sabemos o motivo por trás disso. Há um ódio especial que existe para o povo judeu neste mundo, e que infelizmente não pode ser explicado. É algo que durou e esteve profundamente arraigado por séculos, e isso é parte do nosso fardo como um povo, infelizmente“.
Draiman ainda menciona nominalmente Waters e o associa ao nazismo: “Você não pode realizar nada em termos de tentar criar paz, em termos de tentar criar entendimento, fechando as coisas. Tem que haver estradas abertas de comunicação. Você constrói pontes; você não as derruba. E música e entretenimento são a maneira perfeita de superar essa lacuna. E a própria noção de que Waters e o resto dos seus camaradas nazistas decidem que este é o caminho a seguir para promover a mudança é absoluta loucura e idiotice. Não faz sentido algum. Baseia-se apenas no ódio de uma cultura, de um povo e de uma sociedade que foi demonizada injustificadamente desde o começo dos tempos. Você quer ser capaz de unir as pessoas? Você quer efetuar mudanças sociais em um nível real? Junte-as para um show. É a maneira perfeita. A música constrói pontes, e o fato de que alguém tentaria dissuadir os artistas de tentar fazer o que a música foi criada para fazer em primeiro lugar é incompreensível para mim“.
A última passagem do Disturbed pelo Brasil aconteceu em 2016 na primeira edição do Maximus Festival. Veja abaixo a nossa cobertura:
Tags: Disturbed
Deixe seu comentário
- Precisamos falar sobre o Matanza - 41.811 views
- Contato - 39.141 views
- Hangar: Nando Fernandes fica furioso com Aquiles Priester após entrevista - 19.487 views
- Rafael Bittencourt finalmente revela o que é Z.I.T.O. - 18.508 views
- Heavy Talk Club - 17.129 views
- O Shaman Está de volta! Formação original fará show em São Paulo - 13.554 views
- Andre Matos não descarta volta com Angra e fala sobre Shaman - 12.741 views
- Matanza: Jimmy profundamente arrependido de não conversar com Lemmy, do Motörhead - 12.692 views
- Nando Fernandes: 10 anos de TROYC e novo projeto com Ardanuy - 12.290 views
- Marcelo Barbosa fala sobre substituir Kiko Loureiro no Angra - 11.711 views