O Hibria passou por mais uma troca de membro no último mês, anunciando Ivan Beck como novo baixista no lugar de Benhur Lima. Conheça mais sobre Ivan, como ele entrou para o grupo e sua carreira no jazz.
Queria saber como foi feito o convite pra ocupar essa vaga que foi deixada pelo Benhur Lima, se já conhecia os caras, como é que foi os primeiros ensaios e esse tempo que cê tá tocando com o Hibria?
Ivan Beck: Eu já conheço os caras há um bocadinho de tempo. Eu morei em Porto Alegre em 2011 e 2012. Aí eu conheci o Eduardo Baldo [baterista]. Trabalhando com ele no Bateras Beat, ele me levou pra trabalhar em outra escola. Daí conheci o Renato [guitarrista], conheci o Iuri [vocalista], então já sou amigo dos caras desde 2011, 2012. E acompanho o trabalho, viajei com a banda, organizei workshops com o Abel [guitarrista] e com o Renato, então tinha um contato bem grande com eles e quando o Benhur informou que ia sair, na mesma hora na hora eles me ligaram convidando pra fazer uma audição, e aí eu me matei estudando as músicas e, pra minha felicidade, foi uma audição legal. Eu achei uma porcaria de audição, mas eles ficaram felizes então isso é o que importa.
E de lá pra cá foi estudo, estudo, estudo e estudo. Muitas tendinites, muitas madrugadas tirando sons dessa turnê, desse show que a gente tá fazendo. E foi isso, cara. Conheço os caras há bastante tempo, gosto muito de todos e tá sendo… Bom, quem tem acompanhado as redes sociais da banda aí sabe que o que a gente tá com disco que vai sair agora, um EP pelos 20 anos, tem a turnê na América do Norte, que foi anunciada essa semana… Então, esse ano é só felicidade, na real.
Que bom.O quê que foi feito desde que você entrou no Hibria? Teve alguma apresentação ao vivo, workshops, shows que vocês já fizeram? Como é que tem sido a recepção do público e dos fãs do Hibria com voce?
Ivan Beck: Cara, … Tanto o Marco quanto o Benhur [ex-baixistas], baixistas fantásticos, né. Então eu não vou te mentir que eu tinha um pouco de receio, assim. Pô, eu tô há onze anos afastado do metal, saca? Eu venho tocando Jazz nesses últimos anos. Então eu tava bem ansioso e bem preocupado, assim, como é que vai ser a reação dos fãs comigo, né? E, cara, é só felicidade. Todo mundo me trata muito bem, todo mundo me recebeu muito bem. Então tá muito tranquilo na real. Eu tava preocupado no primeiro show, que foi o show em Caxias, em maio. Depois teve o meu primeiro workshop com o Dudu que aconteceu dia dez desse mês. Dia 11 teve o pocket show lá, também, na Open Stage. E cara, a recepção dos fãs está sendo muito legal. Essa semana mesmo eu publiquei um vídeo tocando alguns trechos da Tiger Punch e, sei lá, em dois dias tinha mais de doze mil visualizações e um monte de gente compartilhando, comentando e dando o maior apoio. Então tem um monte de coisas acontecendo e, graças a Deus, a recepção dos fãs tá show de bola!
Bom. Como você mesmo falou que tem já uma caminhada no jazz, né, no blues e tal, eu já ouvi uma parte desse trabalho, queria falasse qual é a sua carga profissional aí no jazz, o que tem de trabalho lançado, qual é sua a linha, que você curte mais trabalhar?
Ivan Beck: Cara, eu sou bem eclético. Quando eu era mais gurizão, que eu tocava metal, eu dizia: “Bah, eu só gosto de metal, só gosto de metal!”, mas depois comecei a tocar jazz, e comecei a tocar funk, salsa e samba, fusion e de tudo um pouco. Então eu tenho um disco lançado que se chama “Quando as Notas Saem do Papel”, que representa isso mesmo, do músico que consegue tirar do papel o projeto, as notas e fazer aquilo se tornar um disco, né. E é uma mistura de ritmos.
Mas toco na noite, também, às vezes… Todo músico que precisa fechar um orçamento legal no fim do mês toca na noite! Mas eu gosto mesmo é de trabalhar com música autoral que seja minha ou de outros artistas. Acompanhei alguns artistas nesses últimos anos, com seus trabalhos autorais e… No meu trabalho, esse meu primeiro disco tem jazz, tem funk, tem salsa, tem rock, tem chamamé, tem uma mistureba de coisas e eu… Cara, quando a gente fala jazz, na real, não é só o jazz aquele tradicional americano, é essa concepção “jazzística” de tocar com improvisação, muita improvisação no palco. Mistura de ritmos. Como baixista, eu acredito que quase todo baixista gosta de funk porque é muito bom o groove, tocar baixo…
Não o carioca, necessariamente … (risos)
Ivan Beck: Não, não. Com certeza não! (risos) É, a gente sempre acaba tendo que explicar, mas, quando eu digo funk, digo o funk americano!
James Brown, e tal…
Ivan Beck: Isso, né. O funk é a essência da soul music americana. Então é um estilo que favorece muito aos baixistas, né. Então eu gosto muito de tocar funk. O meu principal ídolo, que é o Victor Wooten, é um funkeiro, né, de mão cheia. Então o funk é um dos estilos que eu mais gosto e, pra minha felicidade, o Eduardo Baldo, gosta muito de funk também. Então quem sabe…
A cozinha tá pronta…
Ivan Beck: A cozinha tá, já saiu jogando! A dupla já saiu jogando bem. A dupla de zaga já está entrosadíssima!
Então é isso, cara. Boa sorte aí nessa turnê para a América do Norte.
Ivan Beck: Obrigado!
Vida longa a Ivan e também ao Hibria!
Ivan Beck: Com certeza. Valeu!
Tags: Hibria • Ivan Beck
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