Anaxes e a versatilidade progressiva de “Antithesis”
Postado em 09 de junho de 2016 @ 18:56 | 2.391 views


Capa do disco Antithesis da banda AnaxesLembro-me que fui a um show do Tierramystica há muito tempo atrás e depois a um do Hibria e, entre eles, descobri que o Benhur (ex-baixista do Hibria) tinha uma banda com o Gui Antonioli (ex-vocalista do Tierramystica). Eu só queria ouvir isso, porque nossa, a habilidade desses dois caras só poderia resultar em coisa boa! Quando finalizei a audição desse CD, só conseguia pensar: “Como eu não tinha ouvido esse material antes?!”

E a parceria vem de tempo: a banda formou-se em 2005, com o guitarrista Bruno Machado e o baterista Thiago Caurio. Junto à Guilherme Antonioli (vocais), Benhur Lima (Baixo) e Cassio Vianna (Teclado e Guitarra), a Anaxes (que aliás, eu sabia que lembrava desse nome de algum lugar … STAR WARS!!!) segue seus 11 anos de estrada com esse trabalho magnífico para o metal nacional, intitulado Antithesis.

O metal progressivo que eles trazem neste álbum é único: Une muitos elementos e os sintetiza em algo muito original. Eu, particularmente, não consigo apontar uma influência clara, mas ao mesmo tempo consigo notar muitas coisas (sim, isso é louco, eu sei). Gosto muito de avaliar e elucidar sobre estes trabalhos, porque quando não enxergamos as influências claramente é um sinal de que o trabalho foi meticulosamente executado de forma imparcial.

E como o bom e velho progressivo deve se prezar, os caras abusam de frases complicadas e arranjos muitíssimo bem elaborados, como percebemos na faixa “Flux“. Thiago Caurio e Benhur têm uma sinergia monstruosa na hora de organizar a cozinha. A famosa frase: “Vamos pecar pelo excesso, e não pela falta“, não se aplica aqui. A exuberância exposta nos trechos não dá aquele ar de monotonia. É bem perceptível que a música vai crescendo a altos níveis, faixa-a-faixa.

Isso tudo une-se à versatilidade dos vocais. Mesclando agressividade e sutileza, Gui Antonioli dá o toque final às músicas. Em faixas como “To Believe” e “Wait For The Dawn“, notamos com clareza a habilidade e potência acrescidas. Na música “Stuck“, a banda dá lugar à voz e violão e parte para uma atmosfera mais branda e calma. Mostrando variedade rítmica e bases de baixo bem executadas. Vale salientar o feeling que essa música passa. Cada parte ficou bem construída e encaixada.

Em “Alcoholic Amnesia“, a cozinha entra em ação. Ela tem vários momentos. É realmente uma bebedeira para os amantes de virtuose, com partes intrincadas e complicadas. Nesse som, todos abusam de suas técnicas e constroem uma atmosfera que te leva pra longe. Bem longe. E com o fade out ainda te dá aquele gostinho de pôr no repeat, ou até mesmo desejar por uma segunda parte.

Deixo o resto das faixas para que todos vocês analisem. É um trampo que tem de ser apreciado por todos, é de qualidade, e o que é bom deve ser disseminado, certo?

 

 

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Categoria: News · Resenhas
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